29 de abril de 2010

Meta 1 - TGI I


Imagens das pranchas de pré-apresentação TGI I:
Estão definidos o viário local e as principais entradas para o hospital, diretrizes gerais, os setores do hospital e suas implantações considerando a topografia do terreno.



25 de abril de 2010

Imagens da Maquete de Estudo


Oi gente!
Aí vão algumas imagens da maquete física...
É só de estudo hem...rs
Beijos!!

Terreno x Implantação


A partir de vários estudos das necessidades de serviços que um hospital infantil deveria oferecer, segue abaixo a definição dos setores essenciais do Centro Integrado de Saúde Infantil - CISI.

1) Unidade de emergência e urgência. Atendimento imediato;
2) Unidade de recepção e administração. Apoio administrativo;
3) Unidade de ações básicas de saúde. C0nsultório e ambulatório;
4) Unidade de apoio ao diagnóstico;
- Laboratórios de radiologia (Raio - X);
- Laboratório de patologia clínica.
5) Unidade: Centro cirúrgico;
6) Unidade de internação;
7) Apoio técnico e logístico;
- Lavanderia;
- Cozinha;
- Farmácia.
8) Unidade de ensino e pesquisa. Ação e formação para desenvolvimento e pesquisas;
9) Unidade de lazer. Restaurante e áreas de lazer.

O terreno possui aproximadamente 4% de declividade e uma das principais intenções nesse projeto é que o hospital seja, em sua maioria, no sentido horizontal para promover uma melhor integração entre os espaços e, consequentemente, a humanização.
Abaixo seguem alguns croquis da implantação:





Em todos os croquis é possível identificar a intenção de um pátio interno, que irá estabelecer uma melhor integração entre os espaços e um edifício vertical que, além de se tornar um ponto de referência, irá separar os ambientes da emergência (espaço agitado e imprevisível) do restante do hospital (espaço mais calmo e previsível).

Diretrizes


Com a implantação de um edifício de grande porte como o CISI nessa área da cidade, haverá um impacto considerável para toda a população, principalmente a população imediata. Algumas diretrizes propostas tem como intenção amenizar esse impacto melhorando a circulação geral de forma a tornar acessível o hospital para pedestres e veículos e não "atrapalhar" a já existente. Em frente a área de implantação existe uma grande área desocupada que, através de pesquisas, foi descoberto que ela faz parte de um complexo de segurança que se formará futuramente.
A primeira imagem mostra a situação atual da área:


Nessa imagem estão definidos os equipamentos que pretendo retirar dessa área (em vermelho: Delegacia e NAI) e tranferí-los para outro espaço na cidade. Com a presença do Hospital Escola e o CISI essa área se configurará como um complexo de saúde e esses equipamentos presentes na área não conversam com essa nova linguagem.


Nesse espaços vou inserir diferentes formas de acesso (verde escuro) para o pedestre e áreas arborizadas (verde claro). Também está reservado uma área para habitação (amarelo) e na parte que faz margem a Rodovia Washington Luis a implantação de indústrias (vermelho), aproveitando a interface com a rodovia. Dessa forma, os bairros vizinhos terão mais possibilidades de acessar o hospital e ele terá uma maior visibilidade do entorno e o entorno dele.

23 de abril de 2010

Lina Bo Bardi


Nascida em 1914 em Roma na Itália, Achilina Bo formou-se em arquitetura em 1939 pela Escola Superior de Roma. Por causa da destruição da Europa durante a II Guerra Mundial, tornou-se impossível viver da arquitetura no país então emigrou para o Brasil em 1946 juntamente com seu marido Pietro Maria Bardi, mesmo ano em que se casaram.
Aqui, Lina conheceu Oscar Niemeyer, Lucio Costa e Burle Marx e contribui consideravelmente com a arquitetura brasileira, trazendo questões populares para suas obras, incorporando o cotidiano e a energia das pessoas que delas irão utilizar, valorizando então a simplicidade e a espontaneidade nos seus projetos.
Segundo Lina, "suas obras são feitas de substâncias em vez de materiais, pois compõem o essencial, o que alimenta, dá fundamento e resistência à vida".
Dessa forma, é fácil compreender a inserção de alguns elementos minerais, vegetais, aéreos e aquosos em suas obras como escadas, cachoeiras, lagos, pedregulhos e jardins que se tornaram essenciais e também sua marca registrada. Olivia de Oliveira, autora do livro "Lina Bo Bardi - Sutis Substâncias da Arquitetura" destrincha o estilo de Lina e analisa que o que mais lhe chama a atenção é o senso de liberdade privilegiado pela arquiteta em cada projeto que desenvolveu. Liberdade de ousar, de misturar coisas, criar funcionalidades e, sobretudo, não se enquadrar em rótulos.
As obras de Lina Bo Bardi são uma excelente referência, porque enquadram de forma explicita um pouco da ludicidade que pretendo trazer para o meu projeto. A inserção desses elementos lúdicos transformam o espaço em um lugar especial e mágico, que ficaria guardado na memória das crianças amenizando o medo, sentimento indissociável do momento de visita à um hospital, trazendo a alegria, o diálogo e a facilidade de comunicação com a criança.

Casa do Chame-Chame (Construída em 1958 e demolida em 1984 em Salvador BA)
Masp (Primeiro grande projeto de Lina construído em 1957 em São Paulo SP)
Casa de Vidro (Construída para ela e o marido em 1949 no bairro do Morumbi em São Paulo SP)
Sesc Pompéia (Construído em 1977 requalificação de uma antiga fábrica em São Paulo SP)

Sites Consultados:

21 de abril de 2010

Definição do Sistema Viário Imediato





Nesses croquis, está a definição na qual cheguei a partir do sistema viário. Modificações:

- Fechamento completo do canteiro central da Rua Salgado Filho;
- A continuação da Rua Salgado Filho se transforma em mão única;
- Uma parte da área foi transformada em área pública;
- Foi aberta uma via de acesso a partir da Av. Salgado Filho para quem vem do centro e restante da cidade;
- Outra via de acesso foi aberta a partir da Rua José Ferraz para quem vem da Rodovia Washington Luis saída UFSCar;
- Dois canteiros (em verde) se configuraram nessas áreas possibilitando uma maior visibilidade para o hospital;
- A via que se estabelece ao que será a frente do hospital foi transformada em mão única para maior facilidade no acesso de veículos (entrada e saída) e ainda confirmar a interface com o Hospital Escola;
- Uma área (em marrom) que se formou próxima a quadra habitacional, será reservada para instalação de um ponto de táxi;
- As calçadas que se localizam em frente as entradas do hospital serão alargadas para melhor acessibilidade, tanto de pedestre e PNE quanto de veículos (parada veicular, circulação, etc);
- Todas as rotatórias foram retiradas.

Processo de Definição do Sistema Viário


Para começar a projetar o hospital, senti a necessidade de, primeiramente, definir onde seriam as entradas principais. O hospital terá serviços de emergência/urgência e atendimento em algumas especialidades pediátricas como: fonoaudiologia, ortopedia, psicologia, entre outras, além dos espaços de convivência. Portanto, uma entrada principal será necessária. Então, a definição dessas entradas implicaria em algumas mudanças no sistema viário local, já que os acessos devem ser visíveis, fáceis e práticos, tanto para o pedestre, quanto para os usuários automatizados.


Na imagem acima desenhei a área e o entorno para identificar quais os equipamentos presentes e a disposição das vias de acesso mais próximas. Com aproximadamente 27000 m2, a área está rodeada por rotatórias que dificultam organizá-la de maneira a localizar o local mais adequado para a instalação dessas entradas. Optei por retirar as rotatórias porque elas impediriam uma travessia segura para o pedestre e, como tornam o trânsito mais rápido devido à ausência de sinais de parada, dificultariam a entrada de uma ambulância no hospital, por exemplo.


No croqui acima já tracei onde pretendo pôr as principais entradas do hospital. A emergência se localiza frente a Avenida Salgado Filho porque essa é a forma mais rápida e eficaz de acesso para toda a cidade e região, a ambulância ou qualquer veículo seguirá pela Avenida São Carlos ou Rodovia Washington Luis e já entrará na Salgado Filho com acesso direto para a emergência do hospital. Localizei a entrada principal na outra extremidade da área por dois motivos: 1)Fica afastada da emergência, já que é um local mais tranquilo, onde geralmente as pessoas já estão com consulta marcada, ou seja, é previsível; 2)A partir desse ponto, tem-se acesso fácil e rápido ao Hospital Escola criando uma interface entre eles. Os outros programas que pretendo pôr no hospital foram se organizando dentro da área a partir desses dois importantes elementos.


No croqui, prolonguei a Avenida Salgado Filho até a outra extremidade da área e criei um ponto de ônibus. Dessa forma, foi necessário a colocação de vários dispositivos de segurança para o pedestre como: faixas de pedestres, semáforos, placas de sinalização, etc. Então, senti que dessa forma não estaria resolvendo o problema e sim transferindo-o para outro lugar. Sem contar que uma ambulância ainda teria muitas dificuldades para chegar ao seu destino com tantos obstáculos.


A disposição dos elementos necessários do hospital vão mudando a cada passo...


Nesse ensaio, fiquei mais satisfeita com o sistema viário, mas algumas decisões tomadas foram meio radicais. A Avenida Salgado Filho, em sua extensão, se transformará em mão única e uma via será aberta para dar acesso ao hospital para usuários vindos do lado Sul da cidade, sem dar a volta por todo o hospital. O canteiro central da mesma será prolongado, afim de fechar a passagem dos veículos que virão do lado Norte onde fica a UFSCar, porém, será aberta uma passagem para usuários, tendo assim acesso rápido por lá também. Mas ainda existem nós viários...

18 de abril de 2010

Hospital Infantil De Las Californias



O Hospital Infantil De Las Californias se localiza em Tijuana no México, foi inaugurado em 1994 e cuida de crianças desde recém-nascidos até adolescentes com 17 anos de idade. Conta com 26 especialidades pediátricas, cirurgias de curta instâncias e possui serviços na área de terapia física, tanque terapêutico, farmácia, assim como programas educativos enfocados na nutrição e prevenção.


Achei interessante esse vídeo porque nele aparecem alguns dos problemas que venho enfrentando na projeção do CISI para não acontecerem, já que a definição do partido se enquadra perfeitamente na integração da arquitetura com a natureza, onde a natureza faz parte do espaço assim como o espaço contruído deve fazer parte dela.



Problemática:

- Rampas externas para cadeirantes descobertas, porém com corrimãos e espaçosas;
- Salas de espera pequenas e com assentos desconfortáveis mal dispostos, sem nenhuma ergonomia;
- Corredores internos estreitos sem nenhuma possibilidade de iluminação natural e ventilação;
- Os espaços de espera estão misturados com espaços de lazer das crianças, aglomerando pessoas com diferentes necessidades (enquanto alguém está passando informações à uma secretária, tem uma criança fazendo barulho do lado);
- A recepção possui muitos papéis informativos colados nas paredes causando poluição visual e, sendo pequena e errônea, aglomera pessoas;
- As salas de atendimento possuem desenhos enormes nas paredes que escondem a arquitetura, escurecem o espaço e deixam o ambiente pesado. As salas de consultas possuem o mesmo problema;
- Todos os ambientes, independente de necessidades de projeção técnica (que devem seguir normas de projeção), são munidos de iluminação artificial.

Obs.: O Hospital não possui serviços de Emergência.
Para mais informações clique aqui.

14 de abril de 2010

Espaços Lúdicos: "A ludicidade dá o tom"






















O brincar na vida das crianças é um exercício de extrema importância, pois através dessa experiência ela desenvolve sua coordenação motora, suas habilidades visuais e auditivas, seu raciocínio criativo e sua inteligência. Em um momento de hospitalização, a criança se encontra bastante fragilizada e a inserção de espaços lúdicos em um ambiente hospitalar facilita a comunicação, possibilita a construção e a reconstrução da própria individualidade fazendo com que aconteça a esperada recuperação. O brincar funciona como um processo terapêutico, brinca-se com o que não se pode entender, brinca-se para poder entender melhor e brinca-se para ressignificar a vida. Na brincadeira a criança exercita-se cognitivamente, socialmente e efetivamente. Para que se amenize os efeitos negativos da experiência hospitalar, é preciso que se aflore a sensibilidade dos profissionais da saúde atendendo as necessidades de humanização das condições da assistência à criança hospitalizada, o que implica considerar a importância da intervenção lúdica enquanto estratégia de comunicação terapêutica, por isso acontece a necessidade da ludicidade de alguns dos espaços hospitalares, sendo um apoio de interação com o paciente criança.

11 de abril de 2010

"A criança é por natureza um ser do encantamento, um ser que experimenta a leveza, e que não retém a dor."
( Cris Griscon )

10 de abril de 2010

Hospital Escola


A visita que fizemos ao HEMSC, Hospital Escola Municipal de São Carlos, na companhia da professora Magaly Pulhez (Professora de Leitura de Projeto na época), do professor Fábio Araújo (atualmente, um dos meus orientadores de TGI) e meus colegas de turma, deu-me a oportunidade de observar a complexidade de um hospital. Complexidade essa embutida principalmente na distribuição de seus ambientes, considerando que esses ambientes devem estar interfaciados, permitindo uma fluidez e rapidez nas movimentações. Foi também possível checar as novas idéias que surgem em cada passo da projeção de um hospital.
Confesso que senti um "friozinho na barriga"...
Será que escolhi o tema certo??
Deveria mudá-lo??
É muito difícil!!!
A espacialidade dos ambientes, seus acabamentos e a configuração interna também foram observadas, sendo que às vezes ficava difícil compreender "para que serviria aquela sala". Porém, imagino não ser impossível desenvolver esse projeto, pois de qualquer forma, projetar um edifício de saúde é um processo complexo igualmente a qualquer outro projeto, seja ele uma intervenção ou um edifício voltado a educação ou habitação.


Aí vai a análise e leitura do projeto Hospital Escola. Localizado na entrada principal da cidade, no trevo da Washington Luis com a Avenida São Carlos, além de atender uma necessidade dos usuários, também foi construído por causa da criação do curso de Medicina da Universidade Federal de São Carlos, UFSCar.